Primeiro indicado por Miguel Rossetto para a estrutura da Secretaria Geral da Presidência da República, é atualmente coordenador das políticas para área no governo de Fernando Haddad e ex-presidente do Conselho Nacional de Juventude
O futuro ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, começa a montar a equipe com quem irá trabalhar a partir de 2015. O primeiro nome indicado é de Gabriel Medina, que irá comandar a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ).
Atualmente a Secretaria tem como principal atribuição, a coordenação do Plano Juventude Viva, que busca enfrentar o alto índice de mortalidade de jovens no país. A SNJ também realiza o diálogo com os movimentos juvenis através do Conselho Nacional de Juventude.
São grandes os desafios a serem enfrentados pelo indicado, hoje os jovens correspondem a 25% da população, 35% do eleitorado, cumprem relevante papel na formação de opinião, e veêm, o exercício de…
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A República de Weimar vista por Bergman
[…] qualquer um que fizer o mínimo esforço poderá ver o que nos espera no futuro. É como um ovo de serpente. Através das membranas finas pode-se distinguir o réptil já perfeitamente formado.
Hans Vergerus
por Luiz Santiago – Cine Revista
Produzido pelo badalado Dino De Laurentiis (de Noites de Cabíria(1957), Serpico (1973) e Hannibal (2001), só pra citar algumas produções de seu currículo), com colaboração germano-americana, O Ovo da Serpente (1977), de Ingmar Bergman é a melhor reprodução cinematográfica da República de Weimar e do surgimento do nazismo na Alemanha¹.
O cineasta sueco escreveu o roteiro sob meticulosa pesquisa histórica, e nele, retratou com muita fidelidade os primeiros passos de uma sociedade que já dividida, desembocaria nas mãos do nacional-socialismo a partir de 1933. Façamos, antes, uma breve passagem pelos eventos que construíram esse tempo histórico.
Com a queda da monarquia na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, a cidade de Weimar (onde morreu Goethe) foi escolhida como sede do novo governo, uma República liberal que precisava guiar em país destruído pela guerra. Os primeiros anos da República de Weimar são de profunda crise interna, da qual destacamos alguns eventos: Continue lendo
por Jaqueline Silveira- Sul 21
Assessor especial da da Presidência da República para Assuntos Internacionais, o gaúcho Marco Aurélio Garcia, em entrevista ao Sul21, falou sobre o cenário atual do país após a eleição acirrada, as denúncias de corrupção na Petrobras, a reforma política e a regulação da mídia. Também avaliou os 10 anos da missão do Brasil no Haiti e o papel do país no Mercosul e na Unasul – a entrevista ocorreu antes de os Estados Unidos e Cuba retomarem as relações diplomáticas em acordo histórico. Ele abordou, ainda, o seu futuro no governo Dilma Rousseff. Confira os principais trechos da entrevista:
Sul21 – A presidente Dilma Rousseff, em seu primeiro discurso tão logo foram conhecidos os resultados da eleição, colocou a reforma política como prioridade de seu segundo mandato. O senhor acredita que ela realmente sairá do papel? O atual cenário político e a nova composição do Congresso mais conservadora dão condições para as reformas?
Marco Aurélio Garcia – Acho que a reforma política está muito dependente da mobilização da sociedade. O governo terá suas iniciativas, obviamente, mas sem grande mobilização da sociedade não haverá reforma política.
Sul21 – Tem um projeto da OAB, CNBB e outras entidades que estão trabalhando para coletar assinaturas.
Marco Aurélio Garcia – Acho que nós vamos chegar em um momento onde vai afunilar esse grupo de projetos, permitindo que a gente tenha uma alternativa que seja suficientemente inovadora, mas, ao mesmo tempo, passível de ser aprovada. Porque, como você mesmo observou, o fato de termos um Congresso que se diz mais conservador vai fazer com que nós tenhamos que combinar objetivos mais de fundo, mais gerais, com uma habilidade tática, por assim dizer.
Sul21 – Há alguma viabilidade de no segundo mandato da presidente Dilma colocar em prática a regulação da mídia?
Marco Aurélio – A presidenta tem insistido que vai fazer isso. Agora, os problemas da comunicação no Brasil não passam exclusivamente por esse mecanismo de regulação. Eu acho que vai ser muito importante, também, que os setores democráticos possam construir os seus instrumentos.
por Marcelo Pellegrini – Carta Capital
Aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo, a medida é contrária à popularização do acesso à justiça e facilita a indicação de juízes por afinidade ideológica.
Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) contra uma lei proposta pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) em 2013, com o aval do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Em linhas gerais, a lei prevê a criação de dez departamentos centralizados para a execução penal em São Paulo, os chamados “Super VEC [Vara de Execução Criminal]“, que serão compostos por juízes nomeados exclusivamente pelo Conselho Superior da Magistratura paulista.
As “Super VEC”, previstas em lei, são grandes varas criminais que concentrariam os juízes dos departamentos regionais em cidades-chave do estado. A ideia vai de encontro às recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda a regionalização das Varas Criminais. “O CNJ entende que, para ampliar o acesso à justiça, deve-se trazer o juiz para próximo do povo, e não deixá-lo encastelado em grandes cidades, próximo às elites”, afirma Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da ONG Conectas Direitos Humanos, que protocolou juntamente com a Pastoral Carcerária parecer favorável à ADIn nesta quinta-feira 18.
Ao mesmo tempo em que centralizam, as “Super VEC” também dificultam o cumprimento da Lei de Execução Penal, de 1984, que obriga o juiz a inspecionar, ao menos uma vez ao mês, a unidade prisional sob sua responsabilidade. “Ao centralizar os magistrados em um só prédio, a nova lei afasta o juiz de sua área de atuação e, com isso, legaliza-se o que já acontece na prática: a negligência em relação à inspeção dos presídios no estado”, argumenta Custódio.
Pe. Wilson Luís Ramos
por Altamiro Borges
Os deputados federais deviam seguir o exemplo dos fiéis da Igreja Matriz de Adamantina, no interior de São Paulo, e expulsar de vez o fascista Jair Bolsonaro do Congresso Nacional. No final de semana, eles botaram para correr um bispo racista. Segundo matéria do Estadão, “o bispo dom Luiz Antonio Cipolini foi acuado dentro da igreja e teve de sair escoltado por policiais militares, na noite deste domingo (7). Ele estava na cidade para comandar a missa de Crisma, quando cerca de 2 mil pessoas se reuniram em protesto do lado de fora da igreja para lhe cobrar explicações sobre a substituição do padre negro Wilson Luís Ramos”.
Antes de sair escoltado pela PM, o bispo enfrentou momentos de constrangimento já dentro da igreja, que estava lotada. Cipolini teve de interromper a cerimônia ao ser vaiado pelos fiéis, revoltados com a saída de padre Wilson. Os manifestantes, na maioria jovens com narizes de palhaço, levantaram cartazes e gritavam “fica, padre Wilson”. Em seguida, gritando a palavra “indignação”, eles passaram a jogar moedas no altar da igreja. Diante do barulho provocado pelo protesto, o bispo interrompeu a missa. A revolta contra a substituição do padre negro continuou do lado de fora, após o encerramento da missa. Cerca de 2 mil pessoas gritavam frases contra o racismo e contra o bispo.
Bispo dom Luiz Antonio Cipolini
“Padre Wilson foi o primeiro negro a assumir a principal paróquia de Adamantina, mas, ao contrário dos padres anteriores que ficaram mais de dez anos, ele permaneceu na cidade somente por menos de dois anos”, relata o jornalão. O padre vítima do racismo, que estava presente, ainda tentou convencer os presentes a deixarem o bispo ir embora. Mas o seu tom conciliador não convenceu os indignados. “Explicação, explicação”, gritaram os fiéis revoltados contra o racismo. “Ao perceber que não conseguiria convencer ninguém, o padre retornou para dentro da igreja, aos gritos de ‘Fica, padre Wilson'”. O bispo só deixou a igreja após as 23 horas, escoltado por dezenas de PMs.
“Enquanto dom Luiz saía, a multidão gritava ‘Racista, racista, racista’. Mas o bispo ainda teria de retornar a Marília dentro do carro de um sargento da PM, porque o carro dele teve os pneus murchos e foi riscado pelos manifestantes. O protesto foi o segundo ocorrido em dois dias seguidos em Adamantina. No sábado, 6, cerca de 2 mil pessoas, vestidas de preto e com velas nas mãos e faixas condenando o racismo, fizeram uma passeata em apoio ao padre. A substituição foi pedida ao bispo por um grupo de fiéis ricos e conservadores, colaboradores da igreja… O grupo estava descontente com a opção dada pelo padre aos pobres e jovens usuários de drogas, que passaram a frequentar a principal igreja da cidade desde que o padre chegara a Adamantina havia dois anos”.
Blog do Miro